3 de fevereiro de 2011
Caio Fernando Aberu
''Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima,  embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de  mentira, desconstruíndo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas  para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso,  conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos,  ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É para já que preciso  contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus  cílios. Claro, "o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará  no tempo exato". Mas e o dia de hoje? Não quero saber de medo,  paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é  preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar.  Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes.  Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem  passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os  antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros,  loucuras, beijos, chocolates... Apague minhas interrogações. Por que  estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois  corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser  sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto.''
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É do Caio Fernando Abreu.
ResponderExcluirqual o nome desse texto?
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