24 de agosto de 2010
Caio Fernando Abreu
[...] sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me  comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você  dormindo, meu Deus...como você me doía! De vez em quando eu vou ficar  esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça,  então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha  voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um  tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando:  Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!
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